Trata-se de uma península, com praias maravilhosas, quase paradisíacas e sem nenhum tipo de construção na areia. Na verdade a praia mais frequentada é a lindíssima Taipu de Fora. Lá encontramos piscinas naturais, a possibilidade de fazer mergulho, inclusive noturno, e um banco de corais espetacular! Eu até me aventurei num mergulho, mas como fui com minha mãe; que não tem nada de adventure, não tive coragem de me afastar muito da costa. Isso por que eu estava de colete e snorkel...hahahaha
É, mas como vocês sabem eu não sou de ficar na espinha mole, e não vou a canto algum inebriar-me apenas pelo belo...é preciso pensar sempre o social. Antes que eu pareça uma chata de galocha, como sou rs, o motivo pelo qual me preocupo sempre em colocar coisas sérias aqui, é para que também vocês possam fazer o exercício da reflexão em qualquer lugar aonde estejam. Que pensar o mundo, a vida, as pessoas, e sua responsabilidade diante disso tudo é algo inerente (que não se pode separar) a nossa existência.
Quando cheguei a Barra Grande percebi que algumas coisas mudaram deveras do que tinha me falado. Primeiro é que a tecnologia e acessibilidade do consumo foram extremamente ampliadas nos últimos anos; a internet e o cartão de crédito. Nada contra internet e tudo contra o cartão de crédito. Hehehehe... O grande problema disso, é que estes dois elementos trazem um contingente de pessoas muito alto, o que degrada ainda mais a natureza. Por mais que se tome cuidados afincos, a própria presença humana já é uma invasão ao meio ambiente. Afinal não há reprodução com sucesso com trinta pessoas cheias de aparelhos flutuando sobre os corais querendo ver o... nem os peixes aguentam isso! O que acontece? Fogem, buscam novos corais. Enfim, muda o ecossistema.
Além da agressividade que o próprio filtro solar faz na água que os peixes respiram, infelizmente temos que contar com o mal caratismo de algumas pessoas... o velhos, e coloniais, exploradores do meio ambiente. Cabral, Mém de Sá e como tantos outros fizeram e fazem isso. Lá na península não consegui visitar um dos lugares que eu mais queria, a Lagoa Azul (rica em lanolina, um luuuuuxo pros cabelos), por que um sujeito chamado Mil Rés, num tinha nada melhor pra pensar na vida e começou a cobrar para entrar, queimar e enterrar o lixo dos seus clientes. Ééé sujeito, você é um escroto.

Mas eu conheci muita gente legal também. E este é um diferencial das pessoas que moram e frequentam Barra Grande; o estado de espírito. Todos sabem que me apego super a estes bafons de energia, e lá eu encontrei maravilhosas vibes. Os maiores defensores do lugar são os próprios moradores, que inclusive impede qualquer sinal de venda de crack... eles vigiam tooooooooooodos! A menor falha deste tipo, se organizam e expulsam. Achei isto fantástico! Temos muito que aprender com o povo de Maraú.
Ir é bem chatinho, viaja de ferry, ônibus, barco, vixe! Abuso! Ou pode fretar uma avião, fina! Mas vale a pena... os preços são bastante cômodos, o lugar é lindo e as pessoas são incríveis. Deixo um grande beijo a tod@s que conheci naquela terrinha, e em especial a Nathalia, Alexandre, Louco e Rejane.
Quero voltar... dias em paraísos alimentam nossas forças.
Uma maravilhosa semana!!!
Beijos,
Professora Anne Rodrigues.
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