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sábado, 16 de julho de 2011

Mais que delicioso; revolucionário! Beijaço no Chile.

Movimentando cerca de vinte nove músculos da face, o beijo é uma das demonstrações de afeto mais próprias e entregues. O encontro de lábios liberam endorfinas e ceratoninas (hormônios gente!). A sensação de preenchimento e sintonia se torna plena. Por isso, o beijo é o termómetro para afinidades. É aquela história a gente olha @ sujeit@ (isso para eu não ter problemas com a opção sexual de ninguém!) se empolga, mas quando os lábios se tocam; nem sempre a orquestra afina no mesmo tom. Aff! Isto é muito chato. 
Os beijos podem ser os mais variados; afetuosos, lascivos, fraternais e REVOLUCIONÁRIOS! Nesta última terça, dia 12, em Valparíso- Chile, milhares de estudantes se reuniram no que chamaram de "beijaço pela educação". Nossa estou encantada com a atitude d@s chilen@s, que  a cada dia mantém a resistência as pressões de Sebastián Piñera (presidente do Chile). O beijo além de uma manifestação de afeto, foi utilizado como uma atitude política. E que fique muito bem entendido, não ocorreu em nenhum momento apelo erótico. Como eu disse o beijo é uma ação própria, entregue. Tod@s aqueles e aquelas estudantes acreditam, são próprios, estão dispostos e entregues para uma verdadeira mudança política no país; mudança esta que possa por fim na privatização da educação no Chile.
Talvez quem não esteja à par da situaçaõ chilena não compreenda o que eu estou falando. O sistema de educação vigente, foi estabelicido durante a ditadura militar de Augusto Pinochet, em 1980. O cara é responsável por mais de cinco mil mortes. Daí vocês tiram suas próprias conclusões sobre quem era esta peça. O atual sistema de ensino chileno privatizou as universidades públicas. Qualquer documento, serviço e matrícula que você faça nas insitituições federais são pagos. Um estudante de Direito, por exemplo, precisa desembolsar cerca de dez mil reais para poder se matricular. Seus pais tem esse dinheiro? 
Além disso, o Chile  produz 30% do Cobre do mundo, e suas minas estão privatizadas. O que significa isso?! Que o petróleo do nosso Pré-sal vai para mão dos países ricos (Estados Unidos e companhia limitada). É a mesma coisa. Só que lá as empresas americanas, européias e japonesas roubam o o cobre. Trabalhadores fazem greves gerais para estatização das empresas. Neste caso as minas passariam a pertecer ao Chile, ao Estado; e assim aos chilenos.
Seria um doce sonho acreditar que os problemas na educação sofrido pelos chilenos não acontece aqui. Vamos lá: Você paga o vestibular, em algumas universidades como a Universidade Federal de Sergipe paga a matrícula também, e na maioria das federais existem as "parcerias". A Natura é uma destas "parceiras" da UFBA. Detalhe, o que a Faculdade de Famárcia e Biologia produzem, quem fica com o lucro e a patente? A Natura. Quem desenvolve a pesquisa? A Universidade. Se o mundo fosse apenas  dos cosméticos; ainda que  feio, seria menos desigual. Mas não é. A mesma faculdade que descobre bafons para pele, desenvolve medicamentos e vacinas. E o que ocorre? As vacinas e medicamentos descobertos nas universidades públicas, que poderia salvar a vida de milhões de pessoas, enchem os bolsos dos magnatas. O governo pode até querer corromper nossas mentes, tentar fazer com que nossos estudantes pensem que o caos na educação chilena não acontece aqui, mas os beijos revolucionários sempre existirão para impulsionar sentimentos solidários e verdadeiros.
Viva a resistência chilena!

Um comentário:

  1. Chile: uma festa muito séria
    Os estudantes chilenos dançam e correm em volta do Palácio do Governo. A grande mídia tenta mostrar os protestos como uma grande festa. Nada disso. O Chile foi um dos primeiros países a adotar o neoliberalismo. Obra do governo sangrento de Pinochet. O resultado foi muita desigualdade social. Leia mais

    http://pilulas-diarias.blogspot.com/2011/07/chile-uma-festa-muito-seria.html

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