Canudos é aqui: QUILOMBO RIO DOS MACACOS

      A mais ou menos um mês atrás, o Brasil e o mundo viram a prefeitura de São José dos Campos colocar fogo nos barracos de milhares de famílias em Pinheirinhos- SP. Na época, eu deixei como sugestão didática pensar o caso de Pinheirinhos, em uma relação com Canudos do século passado. Em Canudos-BA (1896-1897) por interesses das oligarquias (famílias e grupos poderosos) o Estado Imperial, enviou suas tropas para cometer, se não o maior, um dos maiores um genocídios da História do Brasil (destruição de um grupo étnico)... O mais infeliz é que tanto lá na História, como n contemporaneidade, o governo por interesses das elites retiram o povo pobre de suas casas, assassinam, ameaçam e tocam fogo. Acho que o fogo é um fetichismo clichê dos sanguinários.  A história, como uma repetição de contradições, permanências e descontinuidades, vem compor mais uma vez uma página da violência e ambição das elites com o apoio do Estado (máquina do poder). Há mais de 238 anos vivendo em um mesmo local, famílias de remanescentes quilombolas, sofrem o assédio moral, físico e psicológico, quase que diário da Marinha Brasileira- que aquém das decisões judiciais permanecem em suas táticas de expulsão. É eu sei,esta justiça complicada que já vimos em Pinheirinhos, deu o direito de posse ao Quilombo do Rio dos Macacos, e mesmo assim não um impedimento para a Marinha Brasileira contrariar a justiça. Que coisa estranha... uma extensão do ministério da Justiça (as forças armadas) contrariando a justiça?! Que estranho, né... Até quando povo brasileiro (a) isto vai continuar? Até quando vamos ver passivamente em "berços esplendidos", o desrespeito, a violência e a brutalidade escrever os rumos da história do Brasil? Você também é Brasil, não existe Estado sem povo. E esta história também é minha, sua, e de todos (as)  brasileiros (as).

Tenha fé,

Anne.